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Literatura é uma coisa estranha, não é mesmo? Existem autores que, mesmo com muitos anos de escrita, não conseguem nos deixar apaixonados por suas histórias. No entanto, existem outros que nem a falta de experiência foi capaz de nos deixar em dúvida. Afinal, quando bate aquela química literária, não dá pra fugir.

“O que eu quero dizer é que não vale a pena ficar com quem diz amar seus defeitos, essa pessoa nunca vai deixar você se tornar alguém melhor.”

Foi exatamente isso que aconteceu entre eu e o livro O Sorriso Da Hiena, do brasileiro Gustavo Ávila. Uma mini-história de amor platônico, com validade pra acabar, mas que foi bom enquanto durou. Porque, como eu disse, não é a idade de uma história que faz com que eu me interesse por ela. Entendam isso: história boa não tem idade e esse livro é um ótimo exemplo.

“A sociedade está confusa, dispersa, as pessoas não sabem em quem ou no que acreditar. Nossa capacidade de encontrar explicações para certos atos de barbárie e intolerância acaba sendo limitada pela falta de palavras cruéis o suficiente.”

Talvez eu esteja me equivocando ao começar esse texto falando que O Sorriso Da Hiena me soa muito familiar com Precisamos Falar Sobre O Kevin. Insistirei nessa comparação porque além de serem duas ficções policiais, eles também trabalham bastante o lado da psicologia humana. São tipos de livros que nos fazem refletir porque as pessoas agem de tal forma.

“A paciência é a característica mais perigosa que um inimigo pode ter.”

Durante toda a minha leitura, não consegui deixar de pensar em apenas uma coisa: somos seres imprevisíveis e existem coisas que são inexplicáveis. Um dos pontos de discussão da história é o que nos motiva a reagir aos acontecimentos da vida. Será que um assassinato ocorrido com um ente querido nosso é capaz de nos transformar também em um serial killer? E será que todas as doenças psicologicamente atestadas nos tornam uma pessoa inútil? Por que os dilemas e traumas da vida nos impedem de fazer as escolhas certas e por que fazer o bem é, às vezes, a mesma coisa que fazer o mal?

“O mal nada mais é do que um buraco que quer desesperadamente ser preenchido.”

Vale lembrar que O Sorriso Da Hiena não é um livro de autoajuda, nem é um consultório psicológico ambulante. Mesmo que o personagem principal seja um psicólogo, os diagnósticos retratados na obra são ilustrativos, servindo apenas para que a gente trabalhe o nosso cérebro e tente refletir sobre os porquês que a vida nos impõe.

“Às vezes, a coragem está em não fazer nada.”

Mas Lu, você nem vai contar algo sobre os personagens? Não. De acordo com o Skoob, quase 7.800 pessoas já conhecem a história de Kevin, o menino problemático escrito pela Lionel Shriver. Não desejo que você, leitor, tire as suas próprias conclusões sem ter aberto a primeira página do que eu considero um dos melhores livros nacionais que pude ler nos últimos tempos. Afinal, se Ávila fosse tão ruim, suas obras não estariam esgotadas. Fica a dica!

Observação: destaque para a capa do livro, que é um verdadeiro resumo de tudo o que você vai encontrar na obra. Deixo aqui os meus parabéns para o ilustrador responsável.

Fonte: Skoob

Fonte: Skoob

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